Vereador preso financiava maior quadrilha de tráfico de drogas de Sertãozinho, diz PF: Samuel Sandrin (PR) foi um dos quatro presos na Operação Cartão Vermelho nesta sexta-feira (27). Delegado afirma que apreensão de cocaína em 2017 causou prejuízo de R$ 1 milhão ao grupo.
Preso na Operação Cartão Vermelho, o vereador de Sertãozinho (SP) Samuel da Silva, o Samuel Sandrin (PR), era o financiador da quadrilha considerada pela Polícia Federal como a mais importante e articulada do tráfico de drogas no município.
A afirmação é do delegado da PF Flávio Vietz Reis, explicando que as investigações tiveram início depois que uma pessoa ligada ao parlamentar – cujo nome não foi divulgado – foi presa com uma carga de cocaína em setembro do ano passado.
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“Ele recebia repasses semanais da organização criminosa e isso nos levou a indícios de que ele era quem movimentava a parte financeira, aplicando e recebendo dividendos”, disse o delegado em coletiva na manhã de sexta-feira (27).
Além de Sandrin, outros quatro foram presos na Operação. Ao todo, 11 mandados de prisão foram expedidos pela Justiça: dois alvos já haviam sido presos em março, durante a Operação Placito, e quatro seguem foragidos.
“Não podemos aceitar que pessoas que se apresentam como representantes do povo, pessoas que ocupam espaços em casas legislativas estejam diretamente ligadas ao tráfico de drogas”, disse o delegado Edson Geraldo de Souza, chefe da PF em Ribeirão Preto (SP).
O G1 busca contato com a defesa de Sandrin. O gabinete do vereador na Câmara Municipal ficou fechado durante a tarde desta sexta-feira e ninguém atendeu às ligações.
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Investigação
Segundo o delegado Flávio Vieitez Reis as investigações tiveram início em outubro de 2017, após uma apreensão de cocaína. A PF descobriu que os integrantes do grupo tinham funções bem definidas, desde o refino, até a venda da droga e a contabilidade do tráfico.
“Essa quadrilha constava com financiador, com o líder do grupo, pessoas que tinham como encargo adquirir os produtos químicos, outros refinavam, alguns manipulavam e, por fim, a distribuição, e até a distribuição do dinheiro, uma contabilidade paralela”, disse.
Reis explicou que dois suspeitos eram os responsáveis por buscar as drogas e os produtos químicos usados no refino em Ribeirão Preto (SP). O suposto fornecedor, que mora no bairro Planalto Verde, é alvo de um mandado de prisão, mas não foi encontrado.
“A droga era distribuída para pequenos traficantes que faziam a venda”, afirmou o delegado, destacando que uma mulher apontada como distribuidora foi presa. “Depois, o dinheiro era recolhido, contabilizado e repassado ao chefe da organização e ao financiador”, completou.
Ainda segundo o delegado, apesar de os casos estarem relacionados, a Operação Cartão Vermelho não teve início na Operação Placito, deflagrada pela PF em março e que terminou com a prisão de duas pessoas em Sertãozinho por suspeita de tráfico de drogas.
Nessa ação, os agentes apreenderam 39 tabletes de pasta base de cocaína, cinco de crack, um pacote de estimulante, sete de cafeína, um pacote de morfina em pó, 100 ampolas de sulfato de morfina e 600 comprimidos da mesma substância – narcótico de alto poder analgésico.
“Durante a investigação, até pelo que foi apreendido na Operação Placito, naquele dia, o comentário de um membro da organização foi de que tinham perdido R$ 1 milhão só naquela apreensão”, concluiu.
Todos os presos nesta sexta-feira devem cumprir prisão temporária por 30 dias e respondem pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico, financiamento do tráfico e organização criminosa. A PF segue investigando o caso.
Agentes da PF cumpriram 15 mandados de busca e apreensão na Operação Cartão Vermelho (Foto: Ronaldo Gomes/EPTV)
Preso na Operação Cartão Vermelho, o vereador de Sertãozinho (SP) Samuel da Silva, o Samuel Sandrin (PR), era o financiador da quadrilha considerada pela Polícia Federal como a mais importante e articulada do tráfico de drogas no município.
A afirmação é do delegado da PF Flávio Vietz Reis, explicando que as investigações tiveram início depois que uma pessoa ligada ao parlamentar – cujo nome não foi divulgado – foi presa com uma carga de cocaína em setembro do ano passado.
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“Ele recebia repasses semanais da organização criminosa e isso nos levou a indícios de que ele era quem movimentava a parte financeira, aplicando e recebendo dividendos”, disse o delegado em coletiva na manhã de sexta-feira (27).
Além de Sandrin, outros quatro foram presos na Operação. Ao todo, 11 mandados de prisão foram expedidos pela Justiça: dois alvos já haviam sido presos em março, durante a Operação Placito, e quatro seguem foragidos.
“Não podemos aceitar que pessoas que se apresentam como representantes do povo, pessoas que ocupam espaços em casas legislativas estejam diretamente ligadas ao tráfico de drogas”, disse o delegado Edson Geraldo de Souza, chefe da PF em Ribeirão Preto (SP).
O G1 busca contato com a defesa de Sandrin. O gabinete do vereador na Câmara Municipal ficou fechado durante a tarde desta sexta-feira e ninguém atendeu às ligações.
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Investigação
Segundo o delegado Flávio Vieitez Reis as investigações tiveram início em outubro de 2017, após uma apreensão de cocaína. A PF descobriu que os integrantes do grupo tinham funções bem definidas, desde o refino, até a venda da droga e a contabilidade do tráfico.
“Essa quadrilha constava com financiador, com o líder do grupo, pessoas que tinham como encargo adquirir os produtos químicos, outros refinavam, alguns manipulavam e, por fim, a distribuição, e até a distribuição do dinheiro, uma contabilidade paralela”, disse.
Reis explicou que dois suspeitos eram os responsáveis por buscar as drogas e os produtos químicos usados no refino em Ribeirão Preto (SP). O suposto fornecedor, que mora no bairro Planalto Verde, é alvo de um mandado de prisão, mas não foi encontrado.
“A droga era distribuída para pequenos traficantes que faziam a venda”, afirmou o delegado, destacando que uma mulher apontada como distribuidora foi presa. “Depois, o dinheiro era recolhido, contabilizado e repassado ao chefe da organização e ao financiador”, completou.
Ainda segundo o delegado, apesar de os casos estarem relacionados, a Operação Cartão Vermelho não teve início na Operação Placito, deflagrada pela PF em março e que terminou com a prisão de duas pessoas em Sertãozinho por suspeita de tráfico de drogas.
Nessa ação, os agentes apreenderam 39 tabletes de pasta base de cocaína, cinco de crack, um pacote de estimulante, sete de cafeína, um pacote de morfina em pó, 100 ampolas de sulfato de morfina e 600 comprimidos da mesma substância – narcótico de alto poder analgésico.
“Durante a investigação, até pelo que foi apreendido na Operação Placito, naquele dia, o comentário de um membro da organização foi de que tinham perdido R$ 1 milhão só naquela apreensão”, concluiu.
Todos os presos nesta sexta-feira devem cumprir prisão temporária por 30 dias e respondem pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico, financiamento do tráfico e organização criminosa. A PF segue investigando o caso.
Agentes da PF cumpriram 15 mandados de busca e apreensão na Operação Cartão Vermelho (Foto: Ronaldo Gomes/EPTV)
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